Iupiiii… é já este fim de semana que os Domingueiros vão à conquista do arquipélago da Madeira!!!
Claro que vamos só à ilha da Madeira e, enfim, conquistar… é mais uma forma de expressão porque vamos é...
...caminhar por montes e vales e pelas magníficas levadas.
“Desde os primeiros tempos da colonização, houve a necessidade de trazer água desde as vertentes Norte da Madeira, com maior pluviosidade média, para o lado Sul onde, graças às vertentes menos declivosas, era mais fácil habitar e cultivar. Para alcançar esse objectivo, foram sendo construídas as levadas, canais que evidenciam um trabalho tenaz e audacioso durante gerações.
Posteriormente, na década de 1940/50, foi dada execução a um plano de aproveitamento hidrológico na base do qual esteve a construção de nova série de levadas, com maiores proporções, destinadas a, por um lado fazer funcionar centrais produtoras de energia eléctrica, e por outro, a conduzir também aquele precioso recurso para as zonas onde a irrigação era mais necessária.
Existe também na Madeira uma antiga rede viária, composta por caminhos de pé posto, ou veredas, e também por estradas pedonais pavimentadas, que ainda hoje são reconhecíveis e podem ser utilizadas para trabalho ou lazer.”
De “Veredas e Levadas da Madeira”
Mas antes das levadas, vamos fazer a ronda dos picos (do Areeiro e Ruivo) e descer para o Curral das Freiras.
Ligando os dois picos mais altos da Madeira, este é um trilho formidável que inclui túneis, alguns declives acentuados e paisagens fabulosas do maciço montanhoso central.
Se não estiver nevoeiro, claro!
O Curral das Freiras é uma pequena vila, rodeada por enormes montanhas, no coração da Ilha da Madeira. O caldeirão onde assenta esta vila foi formado ou pela erosão, ou, como muitos acreditam, por actividade vulcânica. Em 1566, as freiras do Convento de Santa Clara, ao fugir de piratas que atacavam o Funchal, encontraram aqui refúgio, levando consigo o tesouro do convento.
Felizmente que já não se passa por aquela estrada. Assusta!!!
No Sábado vamos então às levadas. E não fazemos a coisa por menos, vamos logo para o Caldeirão Verde.
A levada do Caldeirão Verde, impressionante obra de arte construída no século XVIII, inicia-se no leito principal da Ribeira do Caldeirão Verde e, atravessando por abruptas escarpas e montanhas irá transportar a água que escorre das mais altas montanhas da ilha da Madeira, para o regadio dos terrenos agrícolas da freguesia do Faial.
Esta levada para fins de uso agrícola, constitui uma importante via de penetração pedestre no interior do vale profundo da Ribeira de São Jorge, oferecendo ao caminhante uma vertiginosa e espectacular visão da orografia do interior da ilha e a possibilidade de passar por túneis escavados na rocha à força de braços.
E pronto, tudo isto bem acompanhado com umas espetadas, milho frito e pão de alho, regado com uma (ou várias) Coral e digerido à beira do mar.
Se não voltarmos, sabem onde nos podem encontrar!!!