Este post era para falar sobre as Ramblas e acabar a preparação da caminhada.
Mas se querem saber mais, vão a Barcelona… e não percam a cabeça!!!
Porque nada de isto interessa!!! A GRANDE notícia é o
3º Aniversário dos Domingueiros!!!
Pois é, no dia 1 de Maio de 2004 um grupo de maduros (e maduras… claro!) resolveu por uma mochila às costas e meter-se por trilhos (e trabalhos…) a pé, imaginem!!! E sem GPS!!!
Daqui resultou uma manifestação de maluquinhos que acharam que aquilo era a melhor maneira de conhecer a Mãe (natureza) e “encontrar o equilíbrio entre o corpo e o espírito”. Ou seja, nas suas próprias palavras “passar o dia a dizer disparates, tirar fotos parvas, caminhar até não poder mais, apanhar escaldões, neve, chuva...”!
Mas, seja pela natureza, seja pelo convívio, são cada vez mais os que fazem dos Domingueiros o seu apoio e convívio do fim-de-semana e colaboram para que sejam cada vez mais agradáveis as suas caminhadas.
Para comemorar este histórico aniversário, vai ser efectuado um piquenique Domingueiro no Parque da Cidade (do Porto) pelas 13 horas do dia 5 de Maio (Sábado).
Quem já tiver ido às caminhadas pode aparecer, quem ainda não foi, paciência, fica à entrada a salivar pelos belos petiscos que vão ser servidos!!!
Ah! Pois é, penduras para o tacho só mesmo com um milagre da Senhora da Hora, doutra maneira nem pensar!
Sim porque cada um leva os seus (petiscos) e portanto de certeza que são os melhores do mundo!!!
Antes de se dedicar à igreja da Sagrada Família, Gaudi foi obrigado a trabalhar em “La Pedrera”. Coitado do homem, não admira que agora o queiram canonizar!
E como é que ele foi para à “La Pedrera”? O mais certo é ter sido por dívidas, claro!
É que antes tinha andado metido nuns negócios imobiliários com um tal Güell que o convenceu a construir uma Cidade-Jardim, uma urbanização de luxo nos arredores de Barcelona.
Aquilo deu para o torto e só venderam dois lotes (um deles ao Gaudi!). Também não admira, puseram-se a construir aquilo com restos de azulejos!!!
O que lhe valeu foi o Batlló que tinha uma casa velha a precisar de pintura no Paseo de Gracia. O Gaudi aproveitou os restos de tinta que tinham sobrado do Parque Güell e assim ganhou algum dinheiro. Não o livrou de “La Pedrera”, mas sempre foi uma ajuda!
E pronto, amanhã vamos deixar o Gaudi descansado e vamos… à Las Ramblas!!!
Alguns Domingueiros privilegiados vão o próximo fim-de-semana a Barcelona apreciar a arquitectura do Gaudi e outras Ramblas!!! Ah! E fazer uma caminhada…
Evidentemente que Barcelona não é só arquitectura, mas que é um dos motivos para ir lá, disso não há dúvidas!
Outros dos motivos é o pão com tomate (ou melhor: pa amb tomàquet)!
Não imaginam a loucura com o pão com tomate. Para os catalães é o expoente máximo da culinária mundial. Até fazem uma feira:
http://www.firesifestes.com/Fires/F-Pa-Tomaquet-Sta-Col-Farn.htm
Mas afinal o que é o pão com tomate? Vamos ver o que eles dizem:
El pa amb tomàquet consisteix que el pa — opcionalment torrat — amb el tomàquet fregat. Va condimentat amb oli d’oliva i sal. De vegades un all és frega sobre el pa abans de fregar el tomàquet.
És pot acompanyar amb botifarres, xoriç, fuet, pernil, formatges, anxoves o altre peix adobat, o verdures rostides a la graella com escalivada.
La base original solia ser les llesques torrades de pa de pagès.
E pronto! O que é que isto tem de especial? Se isto é o auge da culinária catalã então o nosso Bacalhau à Gomes de Sá devia ser património da humanidade!!!
Mas voltemos ao Gaudi que isto já me está a dar fome…
A obra da sua vida foi a igreja da Sagrada Família que não chegou a ver acabada. Nem ele nem as próximas gerações!!! Aquilo nunca mais vai ter fim…
Nas imediações da Sagrada Família, há uma estrutura que não chama a atenção mas que impressionou fortemente Corbusier, que não era homem para se impressionar com qualquer coisa!!! Trata-se do tecto das Escolas da Sagrada Família:
Nesta escola está (estava?) uma exposição muito interessante sobre as formas geométricas usadas por Gaudi.
“Gaudí – afirma Bassegoda – observou que muitas das estruturas naturais estão compostas de materiais fibrosos, como a madeira, os ossos, os músculos ou os tendões. Do ponto de vista geométrico, as fibras são linhas rectas e as superfícies curvas no espaço compostas de linhas rectas que definem uma geometria com base em regras, centrada somente em quatro superfícies distintas: a helicoidal, a hiperbólica, a cónica e parabólica. Gaudí viu essas superfícies na natureza e transportou-as para a arquitectura.”
Não sei quem é este, mas é melhor ficarmos por aqui… senão ainda temos uma indigestão !!! Amanhã há mais!
Recebemos um comunicado da direcção dos Domingueiros sobre a polémica relacionada com a sua sede, que passamos a publicar.
Caros Domingueiros,
Tendo sido confrontados com opiniões discordantes sovre a nossa sede, achou por vem esta Direcção bir assim esclarecer a situação.
Assim… a sede dos Domingueiros será na Casa do Lodeiro! Nós savemos que é modesta mas prontos, nós também somos!
Ainda por cima lebou agora um telhado nobo! Assim… está como noba!
E até há interessados em alugar o edifício da Secretaria! Assim… fica muito mais varata!
Assim… as manovras no sentido de passar a ser a Casa da Torre de Cabeção não fazem qualquer sentido.
Como é que nós tínhamos possibilidades de comprar esta casa? Não há qualquer hipótese, mesmo que bendêssemos as laranjas todas não sei se chegava!
E depois ficávamos sem as laranjas!!!
Assim… escusam de andar para aí a dizer “e tal… e não sei o quê…” com argumentos falaciosos do tipo “Ah! mas isto… e aquilo…” a tentar lançar areia para os olhos que esta Direcção não bai ceder.
Assim… aproveito para relembrar que os donativos para a sede podem ser feitos para a minha conta pessoal, que eu depois entrego o dinheiro (as laranjas também são vem bindas).
(Ass. Ilegível)
Há papoilas
Há casas
Há caminhos, seguimos este.
Muitas subidas íngremes e algum descanso
Há duvidas? Então…
A sede dos Domingueiros fica no solar ou na casa do coração?
Temos de ir a votos urgentemente
Um almoço com mais conforto
A casa de Eça de Queirós, mas ele nunca lá bibeu, veio tudo de Paris. Foi de cegonha porque naquela altura pouca gente tinha carro.
Uma visita cultural
Questões pertinentes que foram colocadas à guia.
“Então” que altura tinha o Eça?
O vinho é mesmo bom
Até se nota pelos sorrisos
A neta, por afinidade, da ovelha DOLLY
Afinal o senhor já tinha morrido
O assalto, a razão que nos trouxe até aqui.
Afinal são profissionais
Estão cansados? Não compreendo porquê! Que ricas pernas
Quando nos devolverem o excesso do bilhete voltamos cá de lancha.
Pouca Terra, Pouca Terra
Outra vez a quebrar as regras
Afinal, há laranjas ou não?
THE END
E agora ficamos à espera de mais trabalhos e de outras colaborações.
Vá lá! Mostrem os vossos talentos! Toca a andar!!!
Hoje viramos mais uma página na vida do blog dos Domingueiros!
Conseguimos a colaboração de um conceituado escritor da nossa praça, que inspirado pela secretária do Eça (a mesa, não a guia!) resolveu partilhar connosco os seus apontamentos (inéditos) sobre uma visita (des)organizada a Tormes.
É pena que o Fernando tenha preferido manter o anonimato, pois achamos que todos o deviam conhecer!
(O teor do artigo é da inteira responsabilidade do seu autor, não representando a opinião dos editores, em particular no que diz respeito ás laranjas!)
Como já se percebeu, os Domingueiros têm um grande gosto pela cultura!
E não estamos só a falar de couves e de nabos… mas sim dos nossos grandes valores artísticos.
E um desses grandes valores é, sem dúvida, Eça de Queiroz.
Uma das referências da sua literatura é a Quinta de Tormes, do livro “A Cidade e as Serras”, que é actualmente a sede da Fundação Eça de Queiroz.
Como curiosidade refira-se que o nome original da quinta era “Quinta da Vila Nova” tendo mudado de nome por causa do livro!
Uma das passagens do livro tem precisamente a ver com a chegada do protagonista (Jacinto) à estação de Caldas de Aregos (ou de Tormes, porque também adoptou o nome!) donde partiu para a quinta.
É esse o trajecto que vamos seguir, após a viagem de comboio desde o Porto, seguindo a fabulosa linha do Douro.
Pelo caminho iremos encontrar (a não ser que nos consigamos perder, claro...) a Casa do Lodeiro onde se passou a história de Fanny Owen, a que Agustina Bessa Luis dedicou um livro e que deu o filme "Francisca" de Manoel de Oliveira.
Se juntarmos a isto o facto de Camilo Castelo Branco também ter estado envolvido nesta história (verídica), vemos que, quando se trata de cultura, aqui não se brinca!
Como complemento, vale a pena dizer que na Quinta se produz um vinho verde que é uma maravilha (comprovada por vários provadores!) e que, no fim do percurso, de certeza que vai saber muito bem!
Já dizia o Jacinto que o vinho de Tormes era:
“um vinho fresco, esperto, seivoso, e tendo mais alma, entrando mais na alma, que muito poema ou livro santo"
Não sei... Só provando!!!