A próxima caminhada é no “Trilho dos Miradouros” no Gerês. Para fazer uma análise cuidadosa (como habitualmente) do percurso temos de começar pelo princípio, ou seja, pelo nome.
Trilho:
do Lat. tribulu s. m., utensílio para debulhar cereais; utensílio de bater a coalhada, para fazer queijo; fig., trilha; caminho; vereda; direcção; piso; costume. |
Acho que ainda estão um bocado baralhados, não sabem muito bem o que é! É como nós… às vezes!
Portanto, o assunto está em estudo, havendo mesmo alguns trabalhos publicados como o do Instituto Superior Politécnico Gaya (com Y, assim mesmo…):
Trilhos pedestres e turismo: análise exploratória ao mercado dos trilhos pedestres em Portugal
Áurea Rodrigues
O presente artigo discute a relevância do trilho pedestre enquanto infra-estrutura turística, assumindo-se sobretudo a perspectiva do turismo sustentável. Identifica-se as características demográficas, estilo de vida, sensibilidade ambiental e percepção afectiva face à natureza de visitantes de trilhos pedestres, o que permite conhecer melhor o mercado efectivo dos trilhos pedestres em território nacional. Comparando pedestrianistas portugueses com pedestrianistas estrangeiros, notam-se algumas diferenças significativas ao nível do comportamento e atitude ambiental e no contexto de férias. A comparação dos pedestrianistas ainda com um grupo de portugueses que não costumam caminhar na natureza, permite compreender diferenças de comportamento e atitudes que possam originar a falta de interesse por trilhos pedestres neste último grupo, e simultaneamente identificar, variáveis que possam converter, também este grupo em pedestrianistas.
Como podem ver, já somos objecto de estudo!!!
Miradouro:
O mesmo que mirante
de mirar s. m., ponto elevado de onde se descortina largo horizonte; pequena, mas elevada construção, de onde se abrange largo horizonte; miradouro; mirone. |
Era aqui que eu queria chegar, ao “ponto elevado”!
Ora ponto elevado quer dizer… “lá no alto” e nós cá em baixo…
Ou seja, é sempre a subir…!
Como se pode ver pelo perfil anexo.
Tá bem, está um bocadinho exagerado, mas cheira-me que a certa altura é assim que vai parecer… inclinado e desfocado!!!
Uma vez que já sabemos do que estamos a falar (!) passemos agora à análise do “Utensílio para debulhar cereais dos Mirones” conforme a definição do dicionário!
E é claro que estando numa zona de mirones, vamos encontrar, de acordo com a descrição do percurso:
“…formas de relevo bastante pronunciadas (cristas, domos e vales), adornados por diversas morfologias graníticas, que por vezes evidenciam enorme curiosidade.”
Portanto se virem um domo a espreitar não se assustem que eles são pacíficos.
Sabem o que é um domo, não sabem??? NÃO???
Pronto nós explicamos…
DOMO ou CÚPULA (atenção ao U…) são a mesma coisa…
Como exemplo de cúpula (ou domo) temos o iglo.
Na figura é indicado o modo como deve ser construído, para o caso de ser preciso. Nunca se sabe…
Entre a fauna poderemos encontrar, entre outros, a Sylvia atricapilla e o Parus caeruleus par bem conhecido das novelas da TV!
Será possível também avistar a Martes foina . Mas atenção que esta é fuinha!!!
Quanto à flora parece-me que desta vez não vamos encontrar couves, mas em alternativa teremos a alface-dos-montes (Andryala integrifolia) . Mas duvido que dê para comer…
Porque raio chamam alface a isto???
O mais engraçado é que também lhe chamam “tripa de ovelha”!!!
Ca ganda confusão…
Relativamente ao percurso, já se sabe que vai ser difícil… resistir à tentação de o fazer duas vezes, mas temos de tentar!
Se quiserem saber mais pormenores aconselhamos a consulta a um especialista, de preferência com GPS!
Em alternativa podem consultar o site:
http://www.cm-terrasdebouro.pt/trilhos/trilhos.htm
E toca a andar!