Como já se percebeu, os Domingueiros têm um grande gosto pela cultura!
E não estamos só a falar de couves e de nabos… mas sim dos nossos grandes valores artísticos.
E um desses grandes valores é, sem dúvida, Eça de Queiroz.
Uma das referências da sua literatura é a Quinta de Tormes, do livro “A Cidade e as Serras”, que é actualmente a sede da Fundação Eça de Queiroz.
Como curiosidade refira-se que o nome original da quinta era “Quinta da Vila Nova” tendo mudado de nome por causa do livro!
Uma das passagens do livro tem precisamente a ver com a chegada do protagonista (Jacinto) à estação de Caldas de Aregos (ou de Tormes, porque também adoptou o nome!) donde partiu para a quinta.
É esse o trajecto que vamos seguir, após a viagem de comboio desde o Porto, seguindo a fabulosa linha do Douro.
Pelo caminho iremos encontrar (a não ser que nos consigamos perder, claro...) a Casa do Lodeiro onde se passou a história de Fanny Owen, a que Agustina Bessa Luis dedicou um livro e que deu o filme "Francisca" de Manoel de Oliveira.
Se juntarmos a isto o facto de Camilo Castelo Branco também ter estado envolvido nesta história (verídica), vemos que, quando se trata de cultura, aqui não se brinca!
Como complemento, vale a pena dizer que na Quinta se produz um vinho verde que é uma maravilha (comprovada por vários provadores!) e que, no fim do percurso, de certeza que vai saber muito bem!
Já dizia o Jacinto que o vinho de Tormes era:
“um vinho fresco, esperto, seivoso, e tendo mais alma, entrando mais na alma, que muito poema ou livro santo"
Não sei... Só provando!!!